Elenco: Angelina Jolie, Elle Fanning, Brenton Thwaites, Sharlto Copley, Juno Temple, Imelda Staton, entre outros.
Direção: Robert Stromberg
Gênero: Fantasia / Aventura
E o “jeitinho Disney” de transformar vilã em princesa…
Filmes “grandes” (No sentido de grandioso e não longo) geram expectativa. Lembro cerca de 2 anos atrás, quando os primeiros boatos que a vilã da clássica animação “A Bela Adormecida” ganharia seu próprio filme. Boatos surgiram e se espalharam numa velocidade assustadora, mas só o fato de alguém levantar a lebre para a possibilidade do longa foi o suficiente para subirem à superfície as mais absurdas histórias. De todas, a que parecia ser mais mentirosa de todas veio a se confirmar mais tarde: Angelina Jolie acrescentaria a sua extensa e foda premiada carreira o papel da protagonista. De repente, todos os holofotes estavam em cima do novo projeto da vencedora do Oscar. A produção teve um trabalho da porra exaustivo ao esconder a caracterização da atriz durante as filmagens, mas com os paparazzis ninjas da atualidade, nada passa ileso. A primeira foto de Jolie caracterizada, embaçada e caracterizada de Malévola ganhava vida em algum tabloide da vida e, confirmava de vez, que a bagaça tava acontecendo!
De lá pra cá, não mais que “em uma piscada”, chegou o final de semana de estréia de “Malévola” na telona. Desde que fiquei solteiro, deixei de ir com a mesma frequência ao cinema (Com exceção a filmes da Marvel, ❤), mas calhou o convite pra eu acompanhar este aqui logo na estreia. Nada me tirava da cabeça que a frustração vivida por “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton se repetiria aqui (Fique claro: Visualmente o filme é ANIMAL, mas em questão de enredo e interpretações é ó, uma bosta). Aí o filme começou… [ATENÇÃO: Daqui em diante contarei a história do filme, com SPOILERS inclusos. Se não quiser saber antes pra não estragar nenhuma surpresa, essa é a hora de parar de ler. Agora, se não te incomoda saber antes ou já viu o filme, vem comigo…]
O longa reconta o clássico da Disney, porém com a visão da “vilã”. Recapitulando o desenho:
No batizado da princesa Aurora, Malévola aparece e amaldiçoa o bebê, prevendo que em seu 16º aniversário ela espetaria o dedo numa agulha e adormeceria até receber um beijo de amor verdadeiro. O Rei Stefan ordena então que suas 3 fadas madrinhas cuidem da recém-nascida (Aí é fácil ter filho, dando pros outros cuidarem) até a menina ter 16 anos e 1 dia de vida. Ela cresce, espeta o cacete do dedo onde todo mundo mandou ela não espetar, cai dura, o príncipe Felipe mata a Malévola (Dragon version), beija o presunto, ela acorda e eles são felizes para sempre.
Neste filme, conhecemos Malévola na infância: Ela é uma fada (Sim, uma fada mano…) responsável por cuidar de uma floresta encantada, habitada por possíveis pokémons (Tô ligado nos paranauê, Disney) que só fazem coisas legais e peidam erva-doce. Belo dia, ela conhece o jovem Stefan. Ela nunca tinha visto um humano antes e nem ele uma foda, LOGO, se catam. HAHAHA! O rolo dura uns bons anos até o moleque crescer, parar de visitar a chifruda (Literalmente) na floresta da fantasia e ambicionar um lugar de destaque no reino. Ao ouvir que o rei moribundo nomeará seu sucessor aquele que matar Malévola, o cara não mede esforços para voltar a floresta e jogar um papo do tipo “querem te matar, vim aqui avisar, sou mó legal, vem cá minha nega”. A protagonista tem “uma situação” com aço: Assim que ela encosta em qualquer peça do material, ela se queima. Sabendo disso, Stefan saca uma faca para matá-la durante o sono mas amolece na última hora e decide “só” cortar as asas da fadelfa (#notaword, tô ligado). Ele chega com as asas no leito de morte do rei, ganha o direito de se casar com a princesa e assim, ocupar o maior cargo do local. Ao acordar, Malévola percebe que além de levar um pé na bunda, NÃO TINHA NEM ASA PRA COBRIR A BRANQUELA! HAHA! Daí em diante, decide que ao recuperar forças, se vingaria do humano que mais confiou e a traiu da pior forma (#tamojunto). Como falar com os bichos felizes dão mais depressão quando você tá na merda, Malévola decidiu transformar um corvo recém-apreendido por outro humano em… Um humano! Ao salva-lo, já lança que o cara virará o animal que ela quiser, na hora que ela quiser mas, durante o 80% do filme, ele é um corvo-correio responsável por ir ao reino verificar as novidades e contar pra Tomb Raider exú. Nada muito interessante acontece até o nascimento da primeira filha de Stefan. Até aqui, descobrimos uma história que o desenho nunca contou: Se parar pra pensar, o ódio da vilã era mesmo infundável pra chegar no batizado do bebê e jogar uma maldição, de boas.
A cena do batizado é refeita mas, agora, estamos cientes dos reais motivos que levaram Malévola a conjurar a maldição. Diferentemente dela, eu amaldiçoaria o rei ramelão e não o cazzo do bebê! A lição da traída se dá pelo fato de ver Stefan perdendo o que mais gostou na vida, assim como aconteceu consigo mesma ao perder as asas. Aí ela amaldiçoa Aurora e as fadas “cuidam” da jovem princesa BAIS OU BENOS como o desenho mostra: A inexperiência do trio com criança abriram passagem para que uma Malévola “maternal” intervisse e cuidasse discretamente do crescimento correto do bebê. Em dado momento, Malévola enfeitiça Aurora e a leva para a floresta encantada afim de conhecê-la. No primeiro encontro, ela se mostra e a loirinha diz não sentir medo da aparência da fada, garantindo saber que ela sim é sua verdadeira fada madrinha. Com isso, o coração de Malévola é tomado de assalto e conforme os anos passam, ela se apega cada vez mais a menina. Certa noite, ela vai ao quarto da dorminhoca Aurora para desfazer o feitiço, mas o fato de que ao conjurá-lo declarou que ninguém e nenhuma magia no mundo poderia desfazê-lo a coloca em leve desespero. O aniversário fatal de Aurora aproxima-se e ela sugere que a menina more na floresta com ela, o que é apoiado num primeiro momento. Só que aí ela descobre ser da realeza e, de quebra, se apaixona pelo idiota do príncipe Felipe (Aliás, na moral, já vi príncipe com cara de trouxa MAS ESSE TÁ DE PARABÉNS!! Parece que se esforça, pqp…). Aí ela vai pro castelo antes de seu aniversário e é presa na masmorra pelo próprio pai até comemorar aniversário (#paidoano). Nada a impede de seu destino, e lá vai a enfeitiçada Aurora “meter o dedo onde não deve”. Desmaia e fica na cama de seu quarto. Enquanto isso, o rei Stefan se prepara para a possível visita de Malévola para matar sua filha (Que já tá dormindo de velho, mó trouxa).
Do outro lado do reino, Malévola encontra Felipe e o enfeitiça para que ele dê o beijo em Aurora! É ISSO MESMO: Ela que tentará desfazer o feitiço jogado por si própria! Seria foda se não fosse uma BELA duma cagada! Ela chega ao quarto de Aurora sem grandes dificuldades e testemunha que o beijo do príncipe não é um beijo de amor verdadeiro, como ela queria. A princesa não acorda e as fadas botam o príncipe de pau duro pra fora do quarto. Nisso, Malévola tem o momento mais emotivo do filme ao declarar que gosta realmente de Aurora e não gostaria que isso acontecesse com a princesa, visto que ela não merecia pagar pelo erro de outra pessoa (No caso, seu pai). Antes de partir, ela dá um beijo em Aurora e ao virar de costas, a garota desperta. Logo, o beijo de amor verdadeiro foi dado pela própria “vilã”. Agora acordada, a dorminhoca diz seu desejo de morar na floresta com Malévola e elas decidem sair do castelo. Entretanto, a guarda do rei Stefan dá de cara com elas e atacam Malévola, que faz o corvo se transformar no dragão que conhecemos do desenho. A princesa foge para um cômodo onde, VEJA SÓ, estão guardadas as asas de sua fada madrinha! Ela quebra a redoma e as asas encontram sua dona, livrando Malévola da morte. Dali em diante, pouco acontece e o filme encerra com uma vilã transformada em heroína, sem amarguras no coração, vivendo na floresta encantada com a, agora coroada, princesa Aurora e os bichos felizes (Incluso príncipe Felipe).
O saldo final do filme é positivo: “Malévola” entrega uma boa opção de entretenimento com um roteiro bem amarrado e a convincente atuação de Angelina Jolie. Uma coisa que não entendi e considero uma espécie de “erro de linguagem visual” é o porque a protagonista aparece com o rosto branco em todos os pôsteres e, no filme mesmo, aparece somente pálida. Faltou pós de mico pra filmagem!? E, por se tratar de um filme de fantasia, senti que pegaram muito leve nos efeitos visuais. Não me entenda mal: Os cenários são fodas, mas tenho como comparativo a saga Harry Potter. Lado a lado, a galera da Disney podia ter pesado a mão um pouco mais nesse quesito! Apesar de ter gostado do filme, sinceramente, ele é um daqueles que entra na categoria “filmes legais que vi mas não pretendo ver de novo”. Não por nada, mas por tudo! Confira abaixo o trailer do filme: